Zombie - The Pretty Reckless

"i'm not listening to you i am wandering right through existence with no purpose and no drive 'cuz in the end we're all alive, alive..."
( Zombie - The Pretty Reckless )

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Uma Janela Aberta




Morgana adorava passar as suas tardes deitada no sofá lendo um livro. Hoje não seria um dia diferente da sua rotina, havia encontrado uma pequena livraria enquanto andava pelos becos da cidade. Era uma livraria escura e empoeirada, porém na vitrine estava um livro cuja capa despertou a atenção da garota. Uma jovem de 21 anos, andando pelas ruas de uma cidade pequena, que ansiava conhecer o mundo, deveria encontrar aquele livro, na verdade o livro a encontrou.

Abriu a porta lentamente e o sininho balançou, um homem velho surgiu da bancada que ficava aos fundos da loja, a garota perguntou:
- Quanto custa o livro da capa? - perguntou Morgana, apontando em direção ao exemplar que a tinha despertado atenção.
- Custa apenas 8 pratas - respondeu o vendedor, com um olhar de interesse. O senhor havia construido aquela livraria a 45 anos atrás, aquele exemplar estava ali a 5 dias, mesmo sendo um lançamento não era muito conhecido.
- Irei comprar. - sorriu a garota entusiasmada - Por curiosidade do que se trata o livro?
- Foi escrito por um autor francês, é um conto vivenciado na atual Paris. - respondeu o senhor um pouco cansado, estava desejando voltar ao seu cochilo.
- Huuuum... interessante. Bem, aqui está o dinheiro. Tenha uma boa tarde. - Morgana deixou o dinheiro em cima da bancada, pegou o livro da vitrine e acenou para o senhor, este já estava piscando os olhos sonolentamente.


Morgana chegou em casa ansiosa para ler, deu um beijo no rosto da sua mãe e correu para o seu quarto, largou sua bolsa na cama e retirou o livro. Foi para sala e se deitou no sofá, abriu o livro de capa vermelha e começou a ler as primeiras páginas. Como uma janela aberta para uma varanda em paris, esta foi a visão dela para o mundo. Enquanto lia as palavras daquele livro, uma janela se abria na sua mente para o mundo.

Débora Vasconcellos

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